7.6.11


 beber no gargalho.gargalhar na madrugada.olhar as partes íntimas com volúpia.descer da escada caindo aos pedaços.fumar feito um moribundo.descascar velórios ardidos.trepar até suar sangue.descarrilhar trens repletos de tesouros.armar situações favoráveis para ambos.poesia sem frescura.dedadas na boceta.tempestade no fim do mundo.é terça sem terço.tire a máscara.fique, vai ter um chá de porra para você.deixe a máscara.prosas sem rimas e risos.ave de rapina pega palavras no ar.janela fechada não entra poema ruim.goze!sem ana, blues.roma-berlin-tóquio.sorriso de verão clarea meu inverno.é tão doce seu jeito de amar que prefiro sua vagabundagem.vamos, dê essa bunda.vejo você no meio de quadrados,moisaicos e espelhos quebrados.isso tudo é delírio.é cotidiano sem jeito.alterego é versão antiga de fake?vento,me acalma.raios,ora você!meu nome é outro e te beijei com outra boca.




literatura, ok?
estou cego de clarice e caio sendo proferidos de forma profana. por favor, respeitem os mortos.
os ventos me dão as boas vindas. não sei até quando isso é favorável à mim, o que determino é apenas uma grande brincadeira posso ser a reencarnação de marquês de sade, baudelaire ou apenas um apreciador de orgias, ópio e algum vinho com gosto de sangue, posso não existir como nosferatu ou um cronópio,  quem sabe não sou um ricardo reis ou outros tantos amigos de fernando pessoa, também há uma possibilidade de ser um suicida como ana c., woolf. o que definitivamente sei é que fico rindo de sua cara nesse exato momento, porque você deve se perguntar "quem é esse filho da puta que está atrás dessas palavras deliciosamente belas, exageradas em orgasmos múltiplos?". 

relaxa, é tudo tensão de quem tem a literatura como um urinol (não aquele do duchamp, por favore).





a propósito, sou muito mais que duchamp, não sei se existo.